quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Filmes dos Cavaleiros do Zodíaco




Salve salve, cavaleiros de bronze, prata e ouro. No ar mais um Virtuoses e desta vez, Marcelo Mendonça, Marcus Vinicius, Amilcar e Fernando Scapatici discutem os filmes de Os Cavaleiros do Zodíaco, em especial, A Lenda do Santurário de 2014. VOCÊ JÁ SENTIU O COSMO?

Seiya beijinho no ombro

Trailer A Lenda do Santuário(que é melhor que o filme)

Hermes Baroli comentando o novo filme

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Review do disco Songs of Innocence de U2




















por Marcelo Mendonça

De tempos em tempos, Bono Vox e seus companheiros de banda fazem uma pausa em suas famosas, megalomaníacas e extravagantes turnês e partem para o estúdio com a determinação de um peregrino em busca da iluminação. Como ultimamente os intervalos entre essas peregrinações têm sido consideravelmente longos, há sempre uma apreensão por parte dos fãs, que anseiam pelo material novo e costumam se perguntar se este será tão bom quanto os anteriores. Ao mesmo tempo, tal demora, junto à determinação dos envolvidos, traz sempre a nata de uma banda com um potencial enorme, e como a música muda quase que diariamente, traz também sempre uma renovação com relação ao disco anterior.

Desta vez, a espera foi saciada com mais uma linda obra, intitulada Songs of Innocence. Mescla silhuetas de músicas que eles gravaram nos anos 1980 com um sabor totalmente novo. A guitarra de The Edge é o grande exemplo disso, fazendo linhas até então diferentes para seu padrão e outras que são inconfundíveis para quem já tenha ouvido alguma vez U2.

Em um primeiro momento não se encontra um grande hit, como One ou Still Haven’t Found... nem alguma música-para-balançar-os-alicerces-de-um-estádio, como Elevation ou Vertigo, mas é coeso sem ser repetitivo, além de extremamente agradável. A abertura do disco, The Miracle (of Joey Ramone), título em referência à música I Believe in Miracles dos Ramone, foi o primeiro single e tem uma estrutura que serve bem para ser comercializada, carregada de otimismo. California (There is no End of Love) é outra canção com grande potencial para ser divulgada, com um refrão que permanece ecoando nos ouvidos após a canção já ter ido.

Iris se encaixaria tão bem em um dos dois mais recentes álbuns da banda, tanto quanto se encaixa neste, podendo às vezes passar despercebida como ficar marcada pelo seu ritmo hipnótico. Raised by Wolves é um dos pontos mais altos, com uma crescente, no mínimo, interessante. O encerramento fica por conta de This is Where You Can Reach me Now, de um ótimo refrão, e da reflexiva The Trouble, com uma bela combinação entre o vocal de Bono com a participação de Lykke Li, e arranjos orquestrados.

Se após quase 40 anos de carreira, uma coleção de Grammys, dezenas de hits, álbuns consagrados, terem sido indicados ao Oscar, a banda não precisa provar mais nada a ninguém, mostram que não perderam o tato para compor e executar músicas de altíssimo nível. Neste caso, não cabe muitas comparações estilísticas ou mesmo de qualidade com discos anteriores, mas ainda que este não seja tão bom quanto seus precedentes, servirá de suporte para mais uma extravagante e megalomaníaca (e lucrativa, claro) turnê do U2.