terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Discos de Power Metal e Symphonic Metal de 2014

Dois gêneros se misturam em alguns casos e conquistam grande número de seguidores ao redor do mundo, principalmente no norte da Europa. São eles symphonic metal e power metal, muitas vezes se fundindo no symphonic power metal. 2014 foi mais um ano com alguns lançamentos relevantes.

                                                                                         por Marcelo Mendonça

Xandria apresentou aos fãs o primeiro disco com a vocalista Dianne van Giersbergen, chamado Sacrificium. A faixa-título é uma abertura de dez minutos com vários momentos, sendo uma ótima demonstração vocal da nova cantora. Nightfall vem em seguida, foi o primeiro single, sendo a mais empolgante do álbum. Dreamkeeper se assemelha em muitos pontos com o Nighwish da era com Tarja Turunen. The Undiscovered Land começa como uma balada quase à capella, com bons arranjos de flautas, até ganhar peso no instrumental sem perder a leveza vocal. E é a bela voz de Dianne que dita o ritmo das demais faixas, e, somente por isso, já vale a pena ser ouvido do início ao fim.



















A banda italiana Lacuna Coil sempre apresenta bons trabalhos e desta vez não foi diferente. Após o aclamado Dark Adrenaline, lançam mais um ótimo disco, Broken Crown Halo. A banda da bela e imponente Cristina Scabbia mantém a empolgação de trabalhos anteriores além da consistência do álbum do início ao fim, tendo destaque para os três singles Die & Rise, Nothing Stands in Our Way e I Forgive (But I Won’t Forget Your Name), embora as demais faixas não devam em nada ao singles. Certamente, tentem a manter a boa qualidade em discos vindouros, o que deve elevar ainda mais o status da banda, ao merecido nível de grande banda mesmo fora do circuito symphonic power metal europeu.


 


Sempre na categoria de musas do symphonic metal, Simone Simons é a cara e a voz da banda holandesa Epica. O álbum The Quantum Enigma, lançado em maio de 2014, é recheado de bons momentos, como a ótima The Essence of Silence que alterna os vocais de Simone com os guturais de Mark Jassen e os corais. O disco é um dos mais pesados da carreira do Epica, mas sem perder a musicalidade, estando impecável no quesito instrumental. Alguns outros destaques que se pode mencionar são as faixas Unchain Utopia, Canvas of Life, Natural Corruption e Sense Without Sanity (The Impervious Code). A bela capa do disco é um encanto a parte. Sem dúvidas, aliás, entre as principais qualidades das bandas de symphonic metal européias lindas capas, vocalistas belas e talentosas e, cada vez mais, ótimos discos. Todos estes casos condizem com o Epica atual.


















Um grande lançamento no gênero neste ano de 2014 foi The Human Contradiction da banda Delain. É um grande encontro do symphonic gotic metal com uma acepção de certo modo pop, embora feito com toda qualidade possível. Refrões que grudam na memória, melodias contagiantes e ótimas participações são os destaques. Marco Hietala, baixista e vocalista do Nightwish e Tarot, participa novamente em Your Body is a Battleground e Sing to Me (Ele já havia participado dos outros três álbuns da banda). The Tragedy of the Commons conta com a presença estrondosa de Alissa White-Gluz (The Agoinst) e é um ponto extremamente positivo no álbum. Ainda na faixa Tell Me, Mechanist conta com George Oosthoek. A faixa de abertura é, talvez, o ponto alto do disco: Here Come the Vultures, com vários climas e situações melódicas diferentes. Lullaby, Army of Dolls, Sing to Me, embora o disco todo seja, são canções que após uma ou duas audições, já se pode cantarolar os refrões e melodias, sem grandes dificuldades. Faixa nenhuma nesse disco merece ser pulada.




















Enquanto o Nighwish se prepara vindo de um 2012 com o lançamento de Imaginaerum, um 2013 com a saída de Anette Olzon, a entrada de Floor Jansen e o lançamento do ao vivo Showtime, Storytime, 2014 foi um ano de desenvolvimento e gravação do próximo disco da banda finlandesa. Marcos Hietala participou do disco Delain, Jukka Nevalainen saiu provisoriamente da banda, e o líder e tecladista, Tuomas Holopainen, lançou um álbum, no mínimo inusitado: Music Inspired by the Life and Times of Scrooge, baseada na série de quadrinhos da Disney A Saga do Tio Patinhas. Trata-se de uma trilha sonora imaginária para a história do famoso pato averento. Entretanto, é muito bem produzido e conta com a Orquestra Filarmônica de Londres, o coral Metro Voices, Johanna Kurkela, Tony Kakko, Troy Donockley, entre outros. É desafio agradável para quem se aventurar a imaginar essa história em movimento, pois é recheada de diversos climas distintos. Além da devida homenagem a um personagem clássico dos quadrinhos. A Lifetime of Adventure foi lançada como single, sendo também o destaque entre as outras faixas.



















Um dos melhores lançamentos do ano foi o disco Hydra de Within Temptation. Há um artigo no Virtuoses fazendo uma resenha sobre as músicas, para acessá-lo basta clicar aqui. Há grandes pontos de destaque, sendo a consistência do álbum como um todo a maior delas. Possivelmente o trabalho menos pesado da banda, além de se notar a falta de orquestra e corais, típicos do gênero. Várias musicas merecem ser citadas como Dog Days, Paradise, icônico encontro onde a vocalista Sharon den Adel divide o microfone com Tarja Turunen, Edge of the World, Tell Me Why e, o indiscutível ápice guardado para o gran finale, The Whole World is Watching. A sensação após a primeira audição é uma vontade de repetir outras tantas vezes.


Dois “supergrupos” merecem ser citados por seus trabalhos em 2014, Angels of the Apocalypse de Timo Tolkki’s Avalon, projeto do virtuoso guitarrista que dá nome ao grupo, junto com dois de seus ex-companheiros de Stratovarius, Tuomo Lassila e Antti Ikonen, respectivamente bateria e teclados. O vocal conta com várias participações de peso como Simone Simons, Floor Jansen e Fabio Lione. O outro disco é Light of Dawn segundo CD do supergrupo Unisonic, formado pelos ex-Helloween Kai Hansen e Michael Kiske, além de contar com o vocalista Gamma Ray. No mínimo, merecem ser conferidos por fãs de symphonic metal e power metal, além, claro de fãs de Stratovarius e Helloween.




















Massive Addictive da banda Amaranthe não ficou atrás de outros lançamentos do ano e não merece passar em branco. Dynamite, a abertura, é uma das mais empolgantes. Drop Dead Cynical segue a mesma linha, sem ser repetitiva, e foi lançada como single, assim como Trinity. Massive Addictive, faixa-título, talvez a melhor do álbum, interessante a constante troca de vocais. O bom trabalho segue com faixas como Unreal e outras mais lentas como True e Over and Done.



















O Angra passou por várias reformulações durante os anos de sua carreira, e recentemente houve a saída do vocalista Edu Falaschi e a entrada do italiano Fabio Lione, além da nova saída do baterista Ricardo Confessori. Em 2014, já com a formação atual, lançaram Secret Garden, um álbum consistente, bem produzido e sonoramente diferente de tudo que a banda já fez, além de ser o melhor disco do Angra em dez anos. Às vezes não tão rápido como de costume, mas ainda pesado. A faixa-título, Secret Garden conta com a participação de Simone Simons e Crushing Room conta com a diva alemã Doro Pesch.



















A ex-vocalista do Nightwish e do Alyson Avenue, Anette Olzon lançou seu primeiro disco solo em 2014, Shine, que permeia entre o pop e o soft-rock. Não chega a ser uma obra-prima, mas pode despertar a curiosidade daqueles que apreciam a suavidade da voz da cantora sueca. Há boas canções como Lies, Falling, Invencible e a música que abre o álbum, Like a Show Inside My Head. Caso não alcance tanto o interesse, deve aguçar, ao menos, a curiosidade dos fãs de suas passagens pelas bandas que integrou. E aos que ouvirem com muito receio, poderão se surpreender positivamente em alguns momentos.



















A banda finlandesa Sonata Arctica em 2014 relançou seu álbum de estréia totalmente gravado novamente com o nome de Ecliptica - Revisited; 15th Anniversary Edition. Entretanto, não foi o único presente aos fãs do grupo. Em março do mesmo ano, saiu Pariah’s Child, o oitavo álbum de estúdio. The Wolves Die Young abre com uma das melhores músicas. Há outras igualmente boas como LoveBlood e Cloud Factory. Embora os álbuns do Sonata Arctica cada vez se distanciem em estilo de suas origens no Power metal, como Ecliptica, mantêm uma boa qualidade no geral, já mais próximo do prog metal As linhas e bases de teclado são o ponto alto deste novo lançamento.

sábado, 20 de dezembro de 2014

Filmes de 2014 - Parte 1










Salve amantes do cinema, no ar o vigésimo Virtuoses com Marcelo Mendonça e Marcus Vinícius, para falar desta vez sobre os filmes lançados em 2014 nas categorias Comédia, Super-Heróis, Religiosos e os indicados ao Oscar deste ano.


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Discos Nacionais de 2014

Apesar de não se tratar de um gênero, é sempre uma categoria a parte o rock nacional, obviamente, bandas brasileiras. Sem dúvida tem havido certa escassez de bons discos de rock ou similares produzidos aqui, falando, claro, de música cantada em língua portuguesa.
                                                                                            por Marcelo Mendonça
 

Houve muitos retornos ou lançamentos de artistas que há um bom tempo não produziam nada de novo. A primeira da lista é a banda Pitty, cujo último disco de estúdio datava de 2009. Sua vocalista homônima havia iniciado um projeto paralelo folk, e de boa qualidade, chamado Agridoce. O retorno se deu com o razoável Setevidas. Apresenta o amadurecimento do instrumental e melódico, boa produção, mesmo tendo sido gravado ao vivo em estúdio. Boas faixas que pouco lembram seu estilo anterior como Olho Calmo e Boca Aberta. Com algumas outras não seria injustiça pular para a próximo antes de ouvir 30 segundos. Os dois singles iniciais foram a faixa-título, que nada acrescenta de bom à carreira dos baianos, e Serpente, uma balada, um pouco melhor que a anterior, calma e com o melhor solo do disco.
















Um forte candidato a disco de rock brasileiro do ano é Nheengatu dos Titãs. Também sem lançar nada de inédito desde 2009, é uma volta aos tempos áureos da banda, deixando de lado o pop-chiclete-de-rádio e mostrando músicas mais pesadas e letras que contestam o sistema, política, desigualdades, vícios e manias, além de um pouco de quase tudo. Mesmo não sendo uma obra prima, é de longe o melhor lançamento dos Titãs em duas décadas, o que é notável para a banda que perdeu neste período citado músicos como Nando Reis, Arnaldo Antunes e Marcelo Fromer.Nheengatu contem 14 faixas, todas curtas o suficiente para não se enjoar fácil. A primeira faixa, também primeiro single, Fardado entra no clima das manifestações pré-Copa, mas é um álbum que merece ser ouvido na íntegra, com o volume no máximo e pulando ou balançando a cabeça.
















Os mineiros do Skank são famosos pelos muitos sucessos até hoje acumulados. Seu último disco foi Estandarte de 2008 e agora lançam Velocia, de onze faixas inéditas que passam pelos estilos já conhecidos dos fãs do grupo.Alexia abre fazendo referência e veneração (exageradas?) a Alexia Putellas (?!), jogadora do time de futebol feminino do Barcelona. Há ainda participações de BNegão, Lia Paris, além do parceiro de longa data, Nando Reis. Multidão, com o reagge-skatípico do Skank, é ao menos interessante, mas causa estranheza ao final com a mistura do rap. Além desses gêneros, há muito pop, eletrônico, balada de violão, mas quase nada de rock. O primeiro single escolhido foi Ela Me Deixou e deixa a desejar. Para a banda de tantos hits, a falta de um sucesso enfraquece ainda mais o já inconsistente Velocia.
















A estréia do ano se deu com a banda Malta, vencedora do concurso Superstar, da Rede Globo. O debut se deu com Supernova. Com uma sonoridade que lembra bandas internacionais como Nickelback, Seether e Hinder e com letras que falam quase que unicamente de relacionamentos passados e sentimentos remanescentes. Talvez a banda de maior sucesso comercial do ano, muito graças à divulgação do programa que os revelou e por ostentar uma música como tema de abertura de uma novela da mesma emissora. Os dois grandes sucessos são Diz Pra Mim e Memórias. Ressalvadas as repetições melosas do estilo, há boas músicas no disco e o grande destaque fica por conta do vocal rouco de Bruno Boncini.

















Detonautas Roque Clube lançou um CD duplo chamado A Saga Continua, com um total de 18 faixas. Uma delas, Quem é você, lembra uma mistura de Raul Seixas com Gabriel, O Pensador.Um Cara de Sorte foi o destaque entre os singles. Tem espaço para um cover da boa Sempre Brilhará de Celso Blues Boy. Nada de grandioso no disco, nem mesmo para os padrões da banda.
















Os anteriormente venerados Raimundos lançaram Cantigas de Roda, primeiro de inéditas desde 2002. Pode ser classificado como o melhor lançamento pós-Rodolfo, que contava com um CD e um EP, embora fique muito abaixo de quase todos os lançamentos da formação clássica da banda. Baculejo, que foi lançada como single, é uma boa música.BOP, mais pesada, é um dos destaques. Algumas faixas tentam restaurar o teor cômico-pornográfico que os consagraram, Cachorrinha, Cera Quente, Gato da Rosinha, Descendo na Banguela e Gordelícia.Politics é certamente a melhor do álbum. A impressão final é de um Raimundos batido no liquidificador com o Tihuana, embora há o que se aproveite.
















Outro retorno, após oito anos sem material novo, Século Sinistro dos Ratos de Porão é o mais forte expoente da vertente punk/hardcore/trash metal no país. Muito peso, bons riffs e vocal gutural de João animando qualquer fã do gênero, tão escasso em língua portuguesa. Destaque para Jornada para o Inferno, Neocanibalismo e Boiada pra Bandido.Sangue e Bunda pode causar estranheza ou risadas devido à participação do porco do vocalista. Sem trocadilhos ou ofensas, se trata realmente de um suíno de estimação.
















Costa do Marfim é o título de novo lançamento dos gaúchos do Cachorro Grande. Antes, largamente influenciados por bandas como Beatles e Oasis, aparentemente pularam uma geração de cada e hoje se assemelham a Pink Floyd e ArcticMonkeys.Nuvem de Fumaça e Como Era Bom ainda remetem muito aos primeiros discos do Cachorro, contrastando com a psicodélica Nós Vamos Fazer Você se Ligar, de quase 11 minutos.Eu Não Vou Mudar e Use o Assento para Flutuar (nome, inclusive, do disco solo do guitarrista Marcelo Gross, lançado em 2013), Crispian Mills passeiam por mares não antes navegados pela banda. O disco todo, na verdade, pode ser considerado uma grande viagem de experimentalismo e deve ser saboreado com cuidado.O sabor talvez melhore com o passar da degustação.


No âmbito cômico da música, Velhas Virgens lançou Todos os Dias a Cerveja Salva Minha Vida, com as letras habituais de outros discos. Detonator, ex-Massacration, lançou Metal Folclore: The Zoeira Never Ends... enumerando personagens de lendas brasileiras com grande dose de humor e, claro, metal. A última faixa ainda traz uma interação de Detonator com Gilberto Baroli (dublador, usando seu personagem mais famoso, o Mestre do Santuário, de Os Cavaleiros do Zodíaco). Os dois discos merecem ser ouvidos, mas de modo algum serem levados a sério.

Discos de 2014





















Nesta e nas próximas semanas, o Virtuoses faz um breve resumo dos lançamentos musicais deste ano de 2014, nos gêneros rock, pop-rock, hard rock, heavy metal, dentre outros, com breves opiniões. Entretanto, apenas será enumerada a maioria do que de mais relevante foi notado por este site, permeando entre grandes nomes e nomes menos famosos, porém com trabalhos dignos de menção.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Próximos Filmes de Super-Heróis


















Salve galerinha, no ar a nova edição do Virtuoses, Marcelo Mendonça, Marcus Vinícius, Ligia e Ramon se reunem para falar desta vez sobre os filmes que estão por vir sobre Super-Heróis, especificamente da Marvel e DC Comics, até 2020.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Review do disco .5: The Gray Chapter de Slipknot





















                                                                                              por Marcelo Mendonça

Entre os vários artistas já estabelecidos mundialmente que ainda não haviam lançado material inédito nesta década estava o Slipknot. O último trabalho da banda que é um dos ícones de sua geração datava de 2008. Dois anos depois, a grande tragédia: a morte do baixista Paul Gray, que causou grande abalo nos demais integrantes, sendo um dos motivos da longa pausa, e, no retorno, contendo a devida homenagem no título do álbum e no tema de várias músicas.

Antes, porém, de iniciarem as gravações, outra surpresa, o anúncio da misteriosa demissão do badalado baterista Joy Jordison. Tudo isso gerou uma miríade de incertezas sobre a sonoridade e a qualidade que seriam apresentadas. Membros da banda anunciaram que este disco lembraria muito o Iowa, o mais pesado e barulhento até então.

A faixa de abertura intitulada XIX, trata-se de uma introdução de grande estilo, calma e sombria, referências claras à Gray, e com o belo vocal de Corey Taylor (que permanece a mostrar que sua voz está em ótima forma pelo resto do disco). A calmaria se junta ao início de Sarcastrophe, de início silencioso, mas após o primeiro minuto volta a fazer parte do estilo que consagrou a o Slipknot. A partir daí, vem uma ótima sequência.

AOV mantem o peso alternando entre vocal grutural e melódico de Taylor. The Devil in I, o segundo single, muito ao estilo de do Stone Sour, pode indicar um novo caminho pelo qual a banda pode estar optando. Seguida das boas Killpop e Skeptic, mais uma vez com claras homenagens ao falecido baixista, assim como a bela (isso mesmo, bela!) e forte Goodbye. The One That Kills the Least soa bem diferente da forma tradicional da banda, sem fugir do bom nível das demais.

Já no final encontram-se Custer e The Negative One, duas das mais agressivas e que, sim, lembram mais a sonoridade dos tempos de Iowa. Ambas foram lançadas como singles. Esta última com evidência maior aos samples e remixagens de Sid Wilson e Craig Jones. If Rain is What You Want encerra o álbum com mais uma ótima performance de Taylor, junto a um grande instrumental. Talvez não seja o álbum mais pesado que eles já lançaram, mas há momentos que agradam a maioria dos fãs. Não houve exagero nos temperos. Transita vezes no campo do empolgante e vezes no campo do reflexivo. Uma palavra que definiria .5: The Gray Chapter? Hipnótico.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Filmes dos Cavaleiros do Zodíaco




Salve salve, cavaleiros de bronze, prata e ouro. No ar mais um Virtuoses e desta vez, Marcelo Mendonça, Marcus Vinicius, Amilcar e Fernando Scapatici discutem os filmes de Os Cavaleiros do Zodíaco, em especial, A Lenda do Santurário de 2014. VOCÊ JÁ SENTIU O COSMO?

Seiya beijinho no ombro

Trailer A Lenda do Santuário(que é melhor que o filme)

Hermes Baroli comentando o novo filme

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Review do disco Songs of Innocence de U2




















por Marcelo Mendonça

De tempos em tempos, Bono Vox e seus companheiros de banda fazem uma pausa em suas famosas, megalomaníacas e extravagantes turnês e partem para o estúdio com a determinação de um peregrino em busca da iluminação. Como ultimamente os intervalos entre essas peregrinações têm sido consideravelmente longos, há sempre uma apreensão por parte dos fãs, que anseiam pelo material novo e costumam se perguntar se este será tão bom quanto os anteriores. Ao mesmo tempo, tal demora, junto à determinação dos envolvidos, traz sempre a nata de uma banda com um potencial enorme, e como a música muda quase que diariamente, traz também sempre uma renovação com relação ao disco anterior.

Desta vez, a espera foi saciada com mais uma linda obra, intitulada Songs of Innocence. Mescla silhuetas de músicas que eles gravaram nos anos 1980 com um sabor totalmente novo. A guitarra de The Edge é o grande exemplo disso, fazendo linhas até então diferentes para seu padrão e outras que são inconfundíveis para quem já tenha ouvido alguma vez U2.

Em um primeiro momento não se encontra um grande hit, como One ou Still Haven’t Found... nem alguma música-para-balançar-os-alicerces-de-um-estádio, como Elevation ou Vertigo, mas é coeso sem ser repetitivo, além de extremamente agradável. A abertura do disco, The Miracle (of Joey Ramone), título em referência à música I Believe in Miracles dos Ramone, foi o primeiro single e tem uma estrutura que serve bem para ser comercializada, carregada de otimismo. California (There is no End of Love) é outra canção com grande potencial para ser divulgada, com um refrão que permanece ecoando nos ouvidos após a canção já ter ido.

Iris se encaixaria tão bem em um dos dois mais recentes álbuns da banda, tanto quanto se encaixa neste, podendo às vezes passar despercebida como ficar marcada pelo seu ritmo hipnótico. Raised by Wolves é um dos pontos mais altos, com uma crescente, no mínimo, interessante. O encerramento fica por conta de This is Where You Can Reach me Now, de um ótimo refrão, e da reflexiva The Trouble, com uma bela combinação entre o vocal de Bono com a participação de Lykke Li, e arranjos orquestrados.

Se após quase 40 anos de carreira, uma coleção de Grammys, dezenas de hits, álbuns consagrados, terem sido indicados ao Oscar, a banda não precisa provar mais nada a ninguém, mostram que não perderam o tato para compor e executar músicas de altíssimo nível. Neste caso, não cabe muitas comparações estilísticas ou mesmo de qualidade com discos anteriores, mas ainda que este não seja tão bom quanto seus precedentes, servirá de suporte para mais uma extravagante e megalomaníaca (e lucrativa, claro) turnê do U2.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Tartarugas Ninja






Santa Pizza, mais um Virtuoses no ar! Desta vez Marcelo Mendonça e Marcus Vinícius mostram a trajetória dessas queridas tortuguitas, do HQ até o novo filme. Não percam!



Trailer Filme Tartarugas Ninja (2014)

Cena de Tartarugas Ninja 2 com a participação de Vanilla Ice

Bônus (piadinha boba)

sábado, 19 de julho de 2014

Dossiê Copa 2014






Olê Olá, torcedores brasileiros! Virtuoses de volta, e desta vez, Marcelo Mendonça e Marcus Vinicius debatem o tema mais falado do ano, a Copa do Mundo no Brasil.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

TV Aberta Atual no Brasil










Salve pessoal! No ar a 15ª edição do Virtuoses, com o tema TV aberta atual no Brasil. Para debater sobre o assunto, Marcelo Mendonça, Juninho Amantine e Mariana Mendonça. Não mudem de canal!

sábado, 25 de janeiro de 2014

Dica da Semana - Hydra de Within Temptation




















                                                                                                                                       por Marcelo Mendonça


Definitivamente, o primeiro grande lançamento do rock em 2014. Suprindo as expectativas dos fãs, o novo lançamento da banda holandesa de symphonic metal está repleto de atrativos. Nota-se certa influência das regravações de músicas pop do projeto The Q-Music Sessions.

Let Us Burn abre com grande estilo, sendo uma ótima performance da banda, com destaque as linhas e solo de guitarra e os vibrantes vocais de Sharon den Adel. Dangerous tem a primeira de várias (e a maioria muito boa) participações especiais do disco, Howard Jones, ex-Killswitch Engage, fazendo, no mínimo um bom rock para rádio. And We Run, apesar da estranheza causada pela participação de um rapper, não perde muito e remete ao rock comercial do início da década passada com bandas como Linkin Park e Evanescence. Paradise, o carro-chefe e primeiro single lançado, é uma poderosa parceria entre as duas maiores divas do gênero, den Adel e Tarja Turunen, ex-Nighwish. É a grande referência do álbum, mostrando grande entrosamento entre os envolvidos.

Também em um dos pontos altos do disco, Edge of the World, começa discreta, cresce em grande estilo e termina deixando a melodia ecoando na mente de quem ouviu. Com bem mais peso, Silver Moonlight, com seus vocais guturais se entrelaçando ao de den Adel e um pequeno e eficiente solo agrada fácil fãs do symphonic metal. Roses segue o mesmo caminho de outras boas canções, mesclando peso e boas melodias. Dog Days, bem executado ao piano, mostra a boa influência pop do Q-Music, e é outra que não é facilmente esquecida. Tell Me Why alterna uma bateria frenética acompanhadas por potentes baixo, guitarra e voz, com trecho de calmaria muito bem combinados. A última faixa, encerra muito bem. The Whole World is Watching, com a bela participação de Dave Pirner, diz bem sobre a grandiosidade do disco: emocionante e vibrante.

Se 2014 está apenas começando para a música, os artistas precisarão se esforçar muito para superar Hydra, que promete estar em os grandes do ano.

A data oficial para o lançamento é 31 de janeiro de 2014.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Dica da Semana - High Hopes de Bruce Springsteen



















                                              por Marcelo Mendonça

Após uma elogiadíssima turnê fruto do disco Wrecking Ball (incluindo a memorável apresentação no Rock in Rio 2013), o novo lançamento de Bruce Springsteen surpreende pelo tom que vária entre o introspectivo e o alegre, mas contido. High Hopes pode ser definido como uma compilação de regravações e raridades. 

A faixa-título havia sido originalmente, em sua primeira versão, lançada no EP Blood Brothers de 1995, o que indica uma música com a cara dos anos 1990, mas mais revigorada. Amerincan Skin (41 Shots) bem pode se tornar o carro-chefe do álbum, sendo a música que mais lembra o Springsteen dos últimos vinte anos. Canções como Down in the Hole e The Wall soam como belas meditações. E justamente em um desses momentos em que a calmaria ameaça dominar, vem uma ótima sequência: Heaven's Wall, (a ótima) Frankie Fell In Love e This Is Your Sword

A sonoridade às vezes folk, com tendências sulistas e escocesas, vem sendo caraterística em vários lançamentos do cantor e guitarrista. Outro tom se sobressai, Tom Morello (guitarrista da banda Rage Against the Machine), que participa de quase todas as faixas, sendo o perfeito contraponto à canções das quais não se espera algo tão grandioso de uma guitarra, executando linhas revigorantes com seu instrumento preferido. The Ghost of Tom Joad guarda para a parte final uma preciosidade que conseguiu com sua regravação brilhar mais que a primeira (e muito mais calma) versão gravada por Springsteen em 1995, e com Morello dividindo parte dos vocais e impulsionando quem estiver ouvindo a se levantar e vibrar com os solos. 

Apesar de ser uma grande colcha de retalhos, são retalhos melhores do que muito pano novo que hoje se encontra no mercado.

A data oficial para o lançamento é 14 de janeiro de 2014.