terça-feira, 24 de setembro de 2013

Rock in Rio dias 19 e 20/09
























                                                                                               por Marcelo Mendonça

A segunda semana de Rock in Rio começou imensuravelmente melhor do que a primeira. No Sunset, show do República com participação do Dr. Sin e Roy Z, e na sequência Almah e Hibria. O próximo a subir no palco foi Sebastian Bach, ex- Skid Row. Se esforçou bem, tentou interagir bastante com o público, mas musicalmente não é nem a sombra do que já foi em seus tempos áureos, com uma voz terrível em momentos que pedem maior esforço. Os sentimentos que ficaram foram pena e vergonha alheia.

Sepultura e Tambours du Bronx repetiram a boa apresentação de 2011, com a diferença que desta vez estavam no palco Mundo e o som estava bem mais digno. Outro destaque negativo foi o Ghost ou Ghost D.C. Se instrumentalmente não são dos piores, também não conseguem mostrar nada de grandioso. Com letras e figurino, digamos, de mau gosto e um vocalista que nem em estúdio e menos ainda ao vivo faz por onde para ter uma banda tocando em um festival desse nível. Em compensação, a banda a seguir, Alice in Chains, fez uma apresentação memorável e um dos melhores momentos do Rock in Rio. Jerry Cantrell mostrando porque é um dos melhores da sua geração. Sem precisar daquela velocidade desesperada de outros guitarristas, mas com cada acorde, riff ou solo soando como se não estivesse faltando nem sobrando nada. Além de a banda e William DuVall se mostrarem cada vez mais entrosados. Este tentou muitas vezes dialogar em português. Não houve momentos ruins e tediosos. Encerraram com Rooster. 

A grande atração da noite e uma das grandes do festival, o Metallica, tocou tudo que os fãs queriam ouvir. Por mais de duas horas, o público cantou junto clássicos como Nothing Else Matters, Master of Puppets, One e Enter Sandman, e também do último disco, The Day That Never Comes, alémde músicas do primeiro. James Hetfield interagiu bastante, brincou com a plateia. A voz não aparentava a mesma nas primeiras músicas, mas se acertaram e o show melhorou. Permanecem mostrando para bandas atuais como faz rock de qualidade.

A sexta-feira foi o dia do rock light. O destaque do Sunset ficou por conta de Ben Harper com Charlie Musselwhite que fizeram os amantes de blues, soft rock, gaita e slide guitar ovacionarem esse encontro. Do Nickelback já esperávamos bastante baladas românticas, mas conseguiram se segurar bem. O Chad Kroeger tentou interagir, embora parecesse não estar muito bem situado. O headline do dia, assim como o Nickelback, foi outra banda que ficou mundialmente conhecida, principalmente, pelas baldas: Bon Jovi. Veio com a banda desfalcada, o baterista Tico Torres, internado e o guitarrista, Richie Sambora, que, segundo informações, foi demitido. Se você desconsiderar isso, também o fato de o Jon Bon Jovi não cantar mais no mesmo tom que outrora e boa parte do repertório ser escolhido para facilitar esse quesito, ainda é um bom show e Jon um grande frontman. Não o melhor, nem o mais empolgante, mas bom show, com momentos muito bons. Entre as curiosidades do Rock in Rio que ganharam mais destaque que a própria música, uma fã com um cartaz que dizia haver assistido à todos os show do Bon Jovi no Brasil e subiu ao palco em 1995, pedia que a chamasse novamente e que queria um beijo. E teve seu sonho realizado, fazendo milhares de outras fãs histéricas se roerem de inveja.


Nenhum comentário:

Postar um comentário