quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Rock in Rio dias 21 e 22/09























                                                                                      por Marcelo Mendonça



Dia 21/09, sábado. Deixo de comentar os shows interessantes de Skank, Phillip Phillips e, principalmente, John Mayer, para ir direto àquele que pareceu ser o melhor do Rock in Rio 2013, Bruce Springsteen. Mostrou todos que acompanharam porque é uma lenda viva do rock. Na véspera de completar 64 anos, mas com o vigor de um jovem de 20, acabou por dar ao público o presente com uma performance inesquecível. Enquanto a maioria dos artistas tentava conquistar a plateia com algumas palavras em nosso idioma como “obrigado” ou “estou muito feliz de estar aqui”, Bruce Springsteen, acredite se quiser, abriu tocando “Sociedade Alternativa”, do Raul Seixas, em português e completa com a banda toda. E começou a sequência de clássicos como “Badlands”, “Hungry Heart”, tocou na íntegra o seu disco mais famoso, Born in the U.S.A. Em quase três horas, tocou “Born to Run”, “Thunder Road” e até “Twist and Shout”, imortalizada pelos Beatles. Esbanjou energia, simplicidade, carisma e talento do primeiro ao último instante. Foi junto ao público várias vezes, correu para todos os lados, chamou ao palco vários fãs, inclusive uma garota de 19 anos que dizia em um cartaz que havia sonhado dançar com ele “Dancing in the Dark”, cujo sonho virou realidade. Levou outra garota nos braços na volta. Enfim, não caberia aqui descrever todos os highlights da apresentação.

Domingo, dia 22, foi o encerramento, abrangeu várias vertentes do metal. André Matos, que é um dos maiores nomes do metal nacional, contando ainda com a participação de sua primeira banda, o Viper. Destruction fez o show mais pesado do festival, tendo a parceria do Krisiun no final. Um prato cheio para os fãs de thrash e death metal. Depois vieram os ícones do power metal, o Helloween, que se ficou devendo em um ou outra música, aquele ímpeto vocal de antigas gravações, presenteou o público com a presença de seu membro fundador, o guitarrista Kai Hansen. O último show do Sunset foi o encontro do Sepultura com o Zé Ramalho. Surpreendeu fãs de ambos, tendo a parceria já sendo apelidada de “Zepultura”. 

No palco Mundo, Kiara Rocks, se não empolgou a plateia com suas músicas próprias, abriu com um cover, Ace of Spaces, do Mötorhead. O melhor momento da banda no palco foi ao chamar os convidados: Marcão, ex-guitarrista do Charlie Brown Jr., e Paul Di'Anno, ex-vocalista do Iron Maiden, para tocarem alguns covers também. Slayer fez um ótimo show à altura de uma das quatro bandas do Big Four do thrash metal. Consistente, pesado e bem executado. Avegend Sevenfold acabou sendo melhor do que eu esperava, tento uma postura legal, tocando um bom repertório e com o instrumental e voz à altura das gravações em estúdio. 

E o grand finale tão esperado ficou para o Iron Maiden. Como esperado, tocou clássicos como “The Trooper”, “Fear of the Dark”, “Aces High.” Além de algumas do primeiro disco, de 1980, “Phantom of the Opera”, “Running Free” e algumas do disco Seventh Son of a Seventh Son, que está completando 25 anos. Bruce Dickinson esbanjou carisma, brincou com o público e outros membros da banda. Um show memorável. Mais de oitenta mil pessoas cantando junto a cada verso e fazendo coro a cada riff clássico.


Num geral, apesar de não ter tido tanto rock quanto se esperava de um festival com tal nome, foi melhor do que havia sido pintado. Houve momentos para agradar fãs de várias gêneros do rock, até o mais chato headbanger. Bom, nem tanto...

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