quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Review do Disco The Pale Emperor de Marilyn Manson

                                                                                                            por Marcelo Mendonça

Umas das figuras mais polêmicas (para muitos a mais bizarra) do rock, Marilyn Manson e sua banda do mesmo nome lançaram o disco The Pale Emperor, em 19 de janeiro de 2015, dividindo opiniões entre os fãs.

Já bem distante da sonoridade que o consagrou em meados dos anos 1990, o novo disco aparece bem mais cru, com o som mesclando entre artistas da new wave como Depeche Mode, até soando às vezes como figuras mais recentes, Körn, Jack White e até 30 Seconds to Mars. A abertura fica por conta de Killing Strangers, uma mistura de rock industrial e blues rock e peca apenas por ser muito extensa para seu estilo. A segunda faixa, Deep Six, é mais animada, consistente e é um dos pontos positivos do álbum.
Third Day of a Seven Day Binge segue com a mesma qualidade da anterior e instrumental hipnótico, incrementados com boas linhas vocais. The Mephistopheles of Los Angeles aparenta ser demasiado comportada e pop para um artista do legado de Manson, embora não chegue a ser ruim.
Slave Only Dreams to Be King merece ser ouvida algumas vezes para se tirar uma conclusão definitiva. Com ênfase na bateria marcada à new wave, característica de quase todo o álbum, tem um ótimo refrão e solos estranhos, agora sim, combinando mais com o estilo da banda. The Devil Beneath My Feet dá a impressão todo o tempo de que vai melhorar, o que, por fim, não ocorre.
Birds of Hell Awaiting é mais um ponto positivo, mostrando a qualidade já conhecida por fãs do grupo, com todos os elementos funcionando perfeitamente, mas como em outros momentos, baixo e bateria se sobressaem.
A impressão de The Pale Emperor é que pode não agradar tanto a tantos admiradores da banda, mas é um disco com mais momentos bons do que ruins. Se não acertar em cheio aprecidadores de Antichrist Superstar, pode funcionar ao grande público que conhece apenas os grandes sucessos, que curiosamente são regravações e trilhas de filmes: Sweet Dreams e Tainted Love.

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